8 de março de 2010

Livros para todo tipo de mulher!

O que significa o Dia Internacional da Mulher para você?
É uma data em que as mulheres do mundo merecem ser cortejadas e celebradas? É um momento para reflexão sobre a evolução do papel da mulher na sociedade? É a hora de mostrar as injustiças do mundo com aquelas que são mães, trabalhadoras e esposas, tudo ao mesmo tempo agora?
Pode ser isso tudo. Pode ser também a hora de tentar entender o universo feminino, faça você parte dele ou não. E como a palavra universo já mostra, o espectro é complexo e amplo. Por isso, achamos que a melhor colaboração que poderíamos dar no dia de hoje seria mostrar o universo feminino em livros. O que as mulheres que estão escrevendo nos dias de hoje têm a dizer, quem são as autoras que tocam o coração do público feminino, mesmo que de formas bem diferentes.

Como sempre falamos quando fazemos listas por aqui, vale lembrar que toda seleção é arbitrária e não definitiva (por isso mesmo, fizemos questão de colocar em ordem alfabética, e não de preferência, afinal, são autoras tão diferentes que não seria o caso de fazer comparação). Assim, o espaço dos comentários está aberto para você complementar com as autoras que te fizeram falta. E, para completar a leitura, faça o quiz para descobrir com que escritora você se identifica, entre cinco que têm personalidade forte e são inesquecíveis.

Adriana Falcão
Verdadeira mulher polivalente, Adriana escreve literatura infantil, romances, peças de teatro, contos e roteiros para a TV e o cinema. Mas em tudo nota-se um olho atento para a questão feminina. Em A máquina, por exemplo, ela mostra uma mulher dividida entre ficar com seu amor ou ir para a cidade – uma alegoria para as mulheres de hoje, sempre divididas entre carreira e vida pessoal? Já em A comédia dos anos, o foco vai para a amizade entre mãe e filha, de uma forma inesperada e criativa.

Claudia Tajes
A autora gaúcha se especializou em contar as aventuras sexuais e amorosas de mulheres de todo tipo de maneira divertida. Claudia faz isso bem porque não isola suas personagens: sempre procura mostrar – e entender, se é que isso é possível – o ponto de vista do homem. Seu Dores, amores e assemelhados, por exemplo mostra a história de amor de um casal pelos pontos de vista dos dois: cada capítulo tem um narrador. O resultado é diversão na certa.

Fernanda Young
Dispensa apresentações. Seus livros fazem sucesso por trazer histórias de mulheres descoladas, sem papas na língua e dispostas ao tudo ou nada para viver um grande amor. Este é o caso de seu livro mais recente, O pau, em que conta a história de vingança amorosa e reflete sobre a “ditadura do falo”. Apresentadora de TV, roteirista e recente coelhinha da Playboy, Fernanda não veio ao mundo para passar despecebida. Seus fãs agradecem.

Elizabeth Gilbert
Elizabeth Gilbert fez de seu Comer, rezar e amar um dos maiores fenômenos editoriais recentes. O livro já vendeu mais de 5 milhões de exemplares no mundo e é figurinha fácil na lista de mais vendidos do Brasil. O próximo livro da autora, Comprometida, parece ter potencial para seguir a trilha de sucesso, vai tratar desta instituição tão desejada quanto complicada: o casamento. Enquanto isso, seus livros anteriores seguem inéditos no Brasil.

Inês Pedrosa
A autora portuguesa esbanja sensibilidade em suas obras. Ficcionista de mão cheia, conta histórias de amores complicados e de sentimentos perdidos. Em Nas tuas mãos, por exemplo, trata do amor ao longo das décadas no olhar de três mulheres: a avó (e seu diário), a mãe (e seu álbum de retratos) e a filha (e suas cartas). Outra obra, Faz-me falta, traz o sentimento de desamparo diante da morte da pessoa amada.

Lya Luft
Ela diz que sua verdadeira profissão é a tradução. Imagina se se considerasse escritora… Lya é a voz madura da literatura feminina brasileira. Mas seus livros e crônicas encontram eco no gosto das mulheres de todas as idades. Em O rio do meio, traz muitas reflexões sobre as relações humanas. Já Perdas e ganhos, um dos mais recentes, faz um balanço de sua vida e mostra por que, apesar dos problemas de sua trajetória, continua sendo uma otimista.

Maitê Proença
Falar de Maitê Proença é lembrar de um rosto bonito, uma atriz competente e… uma escritora que soube se fazer respeitar, fosse pelos livros ou pelas peças de teatro. Dona de uma história de vida impressionante, Maitê tem ganhado fãs com suas crônicas escritas para revistas. O primeiro livro, Entre os ossos e a escrita, reúne algumas delas. O segundo, Uma vida inventada, abre sem amarras seu passado traumático, em que viu o pai assassinar a mãe.

Maitena
Neuróticas, inseguras, estressadas, irritantes, arrogantes. Depende como você encara as personagens da argentina Maitena em sua série de cartuns Mulheres alteradas. Pode ser tanto uma condenação como um reconhecimento humilde da condição feminina no mundo pós-feminista. São mulheres emparedadas entre o ideal da mulher liberada e a vulnerabilidade do modelo romântico.

Mary Del Priore
Uma historiadora com H maiúsculo, que trata de temas obscuros do país desde a chegada dos portugueses. Mas, também, uma mulher interessada no que significa ser mulher. Entre suas obras de corte mais “clássico”, mary del Priore encaixa outras, de interesse inegavelmente feminino, como História das mulheres no Brasil, História do amor no Brasil e Matar para não morrer, que narra o sangrento triângulo amoroso entre Dona Saninha, Dilermando e o escritor Euclides da Cunha.

Martha Medeiros
Quem vê Martha Medeiros na TV, em inúmeras colunas na imprensa, no teatro e no cinema, não imagina que a hoje cronista já militou como poeta. Uma mostra dessa Martha pode ser conferida na coletânea Poesia reunida, enquanto a Martha mostra seu olho afiado para o feminino em livros como Doidas e santas e Divã, seu maior sucesso, adaptado para o teatro e o cinema.

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