20 de agosto de 2009

O FANTÁSTICO MUNDO DE ELI HEIL


Eli Heil começou a pintar e a desenhar em 1962, após uma longa enfermidade que a deixou de cama durante cinco anos. Seu inseparável irmão, Rubens Diniz, lhe havia presenteado com um quadro pintado por um artista amigo. Eli, que jamais havia visto uma pintura em sua vida, responde num impulso incontrolável: “Mas isto eu também faço!”

Daí seus primeiros “vômitos de criações”, como ela mesma caracteriza seu trabalho de artista, “O processo criativo e a técnica despejam-se de dentro de mim, como fios coloridos, prontos para serem executados. Não me interessa se estava certo ou errado, simplesmente vomitava (criações). Não parava mais, a ponto de ter visões...”

Desde a primeira grande exposição no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo – MAC – USP , em 1966, a artista expõe em Paris, França; Ibiza, Espanha; Amsterdã, Holanda; Copenhagen, Dinamarca e Oslo, Noruega. A partir de então, a artista autodidata passa a ser celebrada como uma verdadeira entidade artística.

Com orgulho, diz que não faz arte para vender, realizou uma série de treze grandes painéis para por à venda e arrecadar o dinheiro necessário para a construção das casas que são o abrigo do seu mundo.

O Mundo Ovo de Eli Heil, tem como emblema o grande pássaro colorido - “O Anjo Pássaro”, que numa de suas visões sobrevoou o seu telhado, batendo asas e fazendo um “barulho estrondoso”. Eli, então, compreende que o pássaro já existia em sua mente, desde 1963. Obra monumental, de mais de cinco metros de altura (o pássaro pousado sobre um grande ovo), em cimento armado, tendo como ajudante “um homem simples, que apenas fazia casas”. O pássaro tinha que ser feito como um retrato fiel àquele que estava em sua mente. Após o pássaro, Eli Heil realiza duas esculturas policrônicas, em cimento armado, coloridas, de mais de três metros de altura - “Adão” e “Eva”, que simbolizam a criação de seu mundo. São personagens que recepcionam os visitantes no portal de seu museu. E, numa alegria intensa, onde “as lágrimas são coloridas”, no estribilho de um canto, Eli oferece a todos o seu coração, seus sofrimentos, suas alegrias: “O Mundo Ovo foi feito para o povo! O Mundo Ovo foi feito pra ficar!”. E ficou mesmo “O Mundo Ovo de Eli Heil”, como patrimônio da humanidade.

A cor é tudo, é a expressão de todo meu sentimento. Cada cor representa o meu sentimento daquele momento... O vermelho tanto é terrível como alegre. Ele vai e volta... (ELI HEIL).

Eu não tenho outra vida. Toda a minha paixão, o meu sofrimento, são minhas pinturas, esculturas, desenhos... (ELI HEIL).






18 de agosto de 2009

Tendências da TI: Busca em tempo real!


Pessoal,

já que o assunto do momento é o twitter, esse post traz dicas de ferramentas de busca em redes sociais e de um novo paradigma no mercado de buscas que é a busca em tempo real.

Essa dica eu colhi no blog do consultor da IBM, Cesar Taurion, em seu blog (disponível aqui). Segundo Cesar, O Google hoje é sinônimo de busca da Web. Mas, o ritmo de novidades que surgem a cada instante na Internet está se acelerando. Milhões de informações são disponibilizadas a cada segundo por novas tecnologias como Twitter, blogs, redes sociais e outras plataformas de auto-publicação. Os motores ou mecanismos de busca atuais como o Google não conseguem captar estas informações na velocidade em que surgem.

O Google baseia seu mecanismo de busca utilizando seu mecanismo de Pagerank que é baseado na relevância que um determinado conteúdo tem para seus usuários. Ocorre que um site ou uma notícia publicada hoje levará dias para ganhar a relevância necessária nesse mecanismo de Pagerank e poder ser o primeiro da lista das buscas realizadas na Internet. Desta forma os motores de busca atuais não conseguem acompanhar o ritmo da geração de conteúdo que é criado na Web pelos novos serviços como redes sociais e o Twitter.

Diante desse cenário, surgiu a oportunidade para algumas startups lançarem motores de busca voltados a coletar informações quase em tempo real recém postadas na Web via Twitter e redes sociais, ao invés de buscá-las em sites Web, muitas vezes com informações geradas há muitos anos atrás.

Cesar testou alguns desses motores de busca em tempo real. Eles retornam informações postadas há poucos minutos ou segundos antes. É quase como “ver” ao vivo algum evento…Uma mensagem gerada há um minuto atrás não necessáriamente é relevante, mas a presteza da informação sempre terá seu valor.

Os motores testados por ele foram :
Collecta (http://www.collecta.com/)

Complementando a dica do Cesar, vai a dica do meu amigo Pagotti (@mpagoti) que é oTwitterfall (http://www.twitterfall.com).Você. Você pode fazer uma busca por um termo e saber o que as pessoas estão escrevendo sobre ele naquele instante. Além disso, ele oferece busca utilizando mecanismos de geoprocessamento, ou seja, você pode restringir a busca a uma determinada região do mapa.

Outra dica interessante que encontrei no blog do Cesar foi um site que mostra o resultado de buscas em 3D. É o Spacetime (acesse aqui). Façam um teste e procurem pelo termo “Cloud Computing”.

Diante desse novo paradigma dos mecanismos de buscas, resta saber quais serão os próximos passos do Google em relação a esse mercado.

Um abraço.

12 de agosto de 2009

Guia gratuito no Twitter tira dúvidas sobre o próprio serviço de microblog!

Capa do guia on-line sobre o Twitter. (Foto: Reprodução)


Livro digital em português traz desde dicas básicas a mais avançadas.Leitores poderão ajudar a atualizar o conteúdo da obra colaborativa.

Um guia on-line gratuito sobre o Twitter foi lançado nesta segunda-feira (10) no próprio serviço de microblog. Com o título “Tudo o que você precisa saber sobre Twitter (você já aprendeu em uma mesa de bar)”, o livro digital pretende responder as principais dúvidas dos internautas que querem conhecer ou aprender mais sobre a “twittosfera”.

Siga as últimas notícias do G1 pelo Twitter Leia também: Tire suas dúvidas básicas sobre o Twitter A ideia do guia surgiu a partir da dificuldade que muitas pessoas têm em entender o serviço de microblog, assim como de usuários em defini-lo. “É difícil explicar o que é o Twitter para alguém com noções básicas de uso da web. Você pode, por aproximação, dizer que é uma mistura de blog e MSN”, disse o autor Juliano Spyer (@jasper).

“Ou pode ser específico e falar que é uma ferramenta para microblogagem baseada em uma estrutura assimétrica de contatos, no compartilhamento de links e na possibilidade de busca em tempo real, mas dificilmente isso convencerá o seu interlocutor a usar o serviço”, completou o redator, que integra a equipe da agência Talk Interactive, organizadora do projeto. Inicialmente, o livro traz 46 capítulos divididos em três categorias: Tudo o que você precisa saber; Negócios, jornalismo e política; e Uso avançado do Twitter. Disponível na internet sob a licença Creative Commons, o guia colaborativo poderá ganhar novas abordagens com a atualização do conteúdo pelos próprios leitores.

Proporcionalmente, Brasil já é líder em participação no Twitter, de acordo com pesquisa divulgada em julho pela Nielsen Online. Cerca de 15% dos internautas brasileiros usam o serviço de microblog, além de passarem mais tempo no site: em média 36 minutos por mês.


Do G1, no Rio.

I Bienal do Livro de Curitiba‏!

Olá!

Para quem gosta de uma Bienal, ai vai o link do site da I Bienal do Livro de Curitiba:


http://www.bienaldolivrocuritiba.com.br/

Abraços!

10 de agosto de 2009

Brasileiro não gosta de ler?

A meninada precisa ser seduzida. Ler pode ser divertido e interessante, pode entusiasmar, distrair e dar prazer.

Não é a primeira vez que falo nesse assunto, o da quantidade assustadora de analfabetos deste nosso Brasil. Não sei bem a cifra oficial, e não acredito muito em cifras oficiais. Primeiro, precisa ser esclarecida a questão do que é analfabetismo. E, para mim, alfabetizado não é quem assina o nome, talvez embaixo de um documento, mas quem assina um documento que conseguiu ler e... entender.
A imensa maioria dos ditos meramente alfabetizados não está nessa lista, portanto são analfabetos – um dado melancólico para qualquer país civilizado. Nem sempre um povo leitor interessa a um governo (falo de algum país ficcional), pois quem lê é informado, e vai votar com relativa lucidez. Ler e escrever faz parte de ser gente.

Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque em nossa casa livro era um objeto cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de minhas avós com livros nas mãos quando não estavam lidando na casa. Minha cama de menina e mocinha era embutida em prateleiras.
Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o abajur, estender a mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e dando risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e todo mundo achava graça.

E a escola não conseguiu estragar esse meu amor pelas histórias e pelas palavras. Digo isso com um pouco de ironia, mas sem nenhuma depreciação ao excelente colégio onde estudei, quando criança e adolescente, que muito me preparou para o mundo maior que eu conheceria saindo de minha cidadezinha aos 18 anos.
Falo da impropriedade, que talvez exista até hoje (e que não era culpa das escolas, mas dos programas educacionais), de fazer adolescentes ler os clássicos brasileiros, os românticos, seja o que for, quando eles ainda nem têm o prazer da leitura. Qualquer menino ou menina se assusta ao ler Macedo, Alencar e outros: vai achar enfadonho, não vai entender, não vai se entusiasmar. Para mim esses programas cometem um pecado básico e fatal, afastando da leitura estudantes ainda imaturos.

Como ler é um hábito raro entre nós, e a meninada chega ao colégio achando livro uma coisa quase esquisita, e leitura uma chatice, talvez ela precise ser seduzida: percebendo que ler pode ser divertido, interessante, pode entusiasmar, distrair, dar prazer.
Eu sugiro crônicas, pois temos grandes cronistas no Brasil, a começar por Rubem Braga e Paulo Mendes Campos, além dos vivos como Verissimo e outros tantos. Além disso, cada um deve descobrir o que gosta de ler, e vai gostar, talvez, pela vida afora. Não é preciso que todos amem os clássicos nem apreciem romance ou poesia. Há quem goste de ler sobre esportes, explorações, viagens, astronáutica ou astronomia, história, artes, computação, seja o que for.

O que é preciso é ler. Revista serve, jornal é ótimo, qualquer coisa que nos faça exercitar esse órgão tão esquecido: o cérebro. Lendo a gente aprende até sem sentir, cresce, fica mais poderoso e mais forte como indivíduo, mais integrado no mundo, mais curioso, mais ligado. Mas para isso é preciso, primeiro, alfabetizar-se, e não só lá pelo ensino médio, como ainda ocorre.
Os primeiros anos são fundamentais não apenas por serem os primeiros, mas por construírem a base do que seremos, faremos e aprenderemos depois. Ali nasce a atitude em relação ao nosso lugar no mundo, escolhas pessoais e profissionais, pela vida afora. Por isso, esses primeiros anos, em que se aprende a ler e a escrever, deviam ser estimulantes, firmes, fortes e eficientes (não perversamente severos).
Já se faz um grande trabalho de leitura em muitas escolas. Mas, naquelas em que com 9 ou 10 anos o aluno ainda não usa com naturalidade a língua materna, pouco se pode esperar. E não há como se queixar depois, com a eterna reclamação de que brasileiro não gosta de ler: essa porta nem lhe foi aberta.